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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Livro : O Anticristo de Friedrich Nietzsche

O anticristo

Maldição contra o cristianismo

Escrito em 1888, último ano antes de Friederich Nietzche perder a lucidez, este ensaio é uma das mais afiadas análises de que o cristianismo já foi objeto. Dando continuidade ao exame sobre a moral praticado na maioria de seus livros, em O anticristo o autor firma sua posição sobre a doutrina religisa. Ele mostra como o cristianismo - ao qual chama de maldição - é a vitória dos fracos, doentes e rancorosos sobre os fortes, orgulhosos e saudáveis, persuadindo e induzindo a massa por meio de idéias pré-fabricadas.
A paritr da comparação com outras religiões, Nietzche critica com veemência a mudança de foco que o cristianismo opera, uma vez que o centro da vida passa a ser o além e não o mundo presente. Até mesmo Jesus Cristo e o apóstolo Paulo sáo questionados, assim como grande parte de todos os dogmas critãos, em um grande exercício filosófico.





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Friedrich Nietzsche ( 1844 - 1900 ), filósofo alemão, estudou filologia e, por um breve período, teologia. Entre suas obras se destacam " Além do bem e do mal ", " Ecce homo " e "Assim falou Zaratustra ".
 



 
 
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Este livro se destina a pouquíssimos. Talvez ainda não viva nenhum deles. Quem sabe sejam os que compreendem meu Zaratustra: como eu poderia me confundir com aqueles a quem já hoje se dá ouvidos? - Só o depois de amanhã me pertence. Alguns nascem póstumos.
As condições para me compreender, e então compreender necessariamente, eu as conheço muito bem. É preciso ser ítegro até a dureza nas questóes do espírito para tão somente suportar a minha seriedade, a minha paixão. É preciso estar afeito á vida nas montanhas - a ver abaixo de si a deplorável tagalerice atual da política e do egoísmo dos povos. É preciso ter se tornado indiferente, é preciso nunca perguntar se a verdade é útil, se ela pode desgraçar alguém.... Uma predileção, própri da força, por perguntas para as quais ninguém hoje tem coragem; a coragem para o proibido; a predestinação ao labirinto. Uma experiência haurida de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o longínquo. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E a vontade de praticar a economia do grande estilo: conservar a sua força, o seu entusiasmo... O respeito por si mesmo; o amor a si mesmo; a liberdade incondicional frente a si mesmo...
Pois bem! Apenas esses são os meus leitrores, meus verdadeiros leitores, meu leitores predestinados: que importa o resto? - O resto é apenas a humanidade. - É precisa ser superior à humanidade pela força, pela altura da alma - pelo desprezo...
 
                                                                   Friedrich Nietzsche.
 
 

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